O Estilo do Futebol
A mais bela frase proferida no mundo do futebol, foi, em minha opinião, esta, a de um grande jogador: « ... e quando assim é, estamos todos de parabéns!».
Ela encerra uma filosofia e uma opção estética. A filosofia é a do êxito partilhado onde autoria alguma se evidencia e onde a consciência do outro impera, não para anular a individualidade, mas para recordar incessantemente a necessidade de passar a bola.
A opção estética que encerra é o que mais me importa. É sabido que no ardor do jogo esta opção não é feita. Compreende-se. Um valente e incisivo impropério é tão eficaz e temido como o chute certeiro do Roberto Carlos, seja proferido por um colega ou pelo "mister". O jogador de futebol, no fim do jogo, dirige-se ao balneário para se tornar apresentável aos holofotes que o esperam. É no momento de virar costas ao espelho que faz uma opção estética: falar com simplicidade e leveza. E ei-lo a proferir belas frases que flutuam ao som de uma Garota de Ipanema em versão instrumental, ou ao som de um Take the A Train do Duke Ellington, e porque não ao som de um Crystal Silence do Chick Corea!
Alguns escritores e construtores da opinião civil, escrevem como se jogassem à bola ou fossem o mister no banco. De tão explícitos recordam as pessoas que exibem publicamente as dentaduras postiças ou não se coibem de limpar o nariz enquanto aguardam dentro das viaturas o sinal verde no semáforo. Os leitores, pelos vistos, gostam e querem sempre mais. Eu discuto os gostos porque são educáveis.
Ela encerra uma filosofia e uma opção estética. A filosofia é a do êxito partilhado onde autoria alguma se evidencia e onde a consciência do outro impera, não para anular a individualidade, mas para recordar incessantemente a necessidade de passar a bola.
A opção estética que encerra é o que mais me importa. É sabido que no ardor do jogo esta opção não é feita. Compreende-se. Um valente e incisivo impropério é tão eficaz e temido como o chute certeiro do Roberto Carlos, seja proferido por um colega ou pelo "mister". O jogador de futebol, no fim do jogo, dirige-se ao balneário para se tornar apresentável aos holofotes que o esperam. É no momento de virar costas ao espelho que faz uma opção estética: falar com simplicidade e leveza. E ei-lo a proferir belas frases que flutuam ao som de uma Garota de Ipanema em versão instrumental, ou ao som de um Take the A Train do Duke Ellington, e porque não ao som de um Crystal Silence do Chick Corea!
Alguns escritores e construtores da opinião civil, escrevem como se jogassem à bola ou fossem o mister no banco. De tão explícitos recordam as pessoas que exibem publicamente as dentaduras postiças ou não se coibem de limpar o nariz enquanto aguardam dentro das viaturas o sinal verde no semáforo. Os leitores, pelos vistos, gostam e querem sempre mais. Eu discuto os gostos porque são educáveis.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home