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A morte certa em hora incerta, escrita em latim, é lembrança gravada no frontispício de algumas igrejas. Ora, nada mais curioso que iniciar o ano novo em contacto com a única certeza da vida que não tem hora marcada, sobretudo se se ouve um diálogo como este à saída do cemitério:
- Então, logo no Paraíso!
- Sim, no Paraíso às 10.
A morte vem em hora certa para o condenado à pena capital. Daí o absurdo e o terror deste castigo, que já falava Dostoievski em O Idiota. Actualmente, porém, é possível fazer do condenado um excelente factor de vendas. A Benneton percebeu isso há uns tempos e usou, numa campanha publicitária, os retratos de americanos esperando no corredor da morte. O alfaiate curdo que fornece os fatos a Saddam também percebeu isso. Afinal, o condenado deve ser executado com elegância e ter um lindo enterro.
Não consta queixa em boca de cangalheiro cujo lema irónico é: «Não quero que ninguém morra mas quero que a vida me corra.»
- Então, logo no Paraíso!
- Sim, no Paraíso às 10.
A morte vem em hora certa para o condenado à pena capital. Daí o absurdo e o terror deste castigo, que já falava Dostoievski em O Idiota. Actualmente, porém, é possível fazer do condenado um excelente factor de vendas. A Benneton percebeu isso há uns tempos e usou, numa campanha publicitária, os retratos de americanos esperando no corredor da morte. O alfaiate curdo que fornece os fatos a Saddam também percebeu isso. Afinal, o condenado deve ser executado com elegância e ter um lindo enterro.
Não consta queixa em boca de cangalheiro cujo lema irónico é: «Não quero que ninguém morra mas quero que a vida me corra.»
1 Comments:
opsss este começo de ano com algo que não tem hora marcada, mas que é certo....arrepia-me
jocas maradas
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