Aurora dos tubarões
O aborto levanta um dilema moral que podemos colocar nestes termos: se se aborta perde-se uma vida; se não se aborta perde-se a dignidade de uma escolha livre. Creio que se alguns adeptos anti-aborto fossem confrontados com uma gravidez muito complicada não hesitariam em praticá-lo. Ao invés, é crível que militantes pró-aborto perante o mesmo confronto talvez hesitassem em praticá-lo. São inevitáveis estes desencontros entre o que se afirma e o que se faz. Uns chamam-lhe incoerência, outros hipocrisia e poucos admitem que, no fundo, tais desencontros protegem as pessoas contra a desumanidade da coerência estrita dos princípios abstractos.
O barco do aborto traz, a meu ver uma novidade fantástica. Ela não é a interrupção da gravidez em águas internacionais, é sim a origem dos tubarões. Percebê-la exige conhecer a origem fabulosa dos golfinhos: tratar-se-iam de piratas malvados que o mar tragou e converteu em criaturas bondosas e sorridentes para os humanos. Ora, o barco do amor, perdão, do aborto, necessita de alijar a carga sobrante depois de uma interrupção. O mar, na sua eterna sabedoria, aproveita-a e transforma-a em tubarões de olhar inexpressivo, como o dos condenados à morte, e prontos a espalhar o terror vindos das profundezas, sobretudo à noite. A natureza não desperdiça.
O barco do aborto traz, a meu ver uma novidade fantástica. Ela não é a interrupção da gravidez em águas internacionais, é sim a origem dos tubarões. Percebê-la exige conhecer a origem fabulosa dos golfinhos: tratar-se-iam de piratas malvados que o mar tragou e converteu em criaturas bondosas e sorridentes para os humanos. Ora, o barco do amor, perdão, do aborto, necessita de alijar a carga sobrante depois de uma interrupção. O mar, na sua eterna sabedoria, aproveita-a e transforma-a em tubarões de olhar inexpressivo, como o dos condenados à morte, e prontos a espalhar o terror vindos das profundezas, sobretudo à noite. A natureza não desperdiça.
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