Dar
Hoje, enquanto aguardava na sala de espera do hospital, observei um acto interessante: alguém pagou um quarto de águas a um velho, sentado temporariamente numa cadeira de rodas. O velho estava acompanhado pela sua mulher que dizia não ter moedas para pagar à máquina os necessários 40 cêntimos pela desejada água. Num ápice, uma miúda introduziu as moedas, sacou a água e deu-a ao velho. «Quero dar-lhe o dinheiro, tenho de ir trocar uma nota» disse a mulher do velho. «Deixe lá» disse a miúda e disse também, a seguir, uma mulher mais velha. A mulher do velho agradeceu de novo e aceitou a oferta. A miúda e a mulher mais velha seriam mãe e filha? Talvez. Ambas tinham a tez morena deixando perceber claramente a pertença à etnia cigana.
Ricos, riquitos, burguesitos não dão, apenas trocam em benefício da sua fazenda. Dizem mesmo que «não há almoços grátis» apesar de aspirarem sempre por eles. Mas que os há, há, só que não no seu mundo. Afinal encontramos actos simples de humanidade, que se praticam sem esperar troca e se aceitam sem ter que retribuir. Basta fazer bem ao outro. Foi um acto que compôs o dia, o mundo e o universo. Muitos mais são precisos.
Ricos, riquitos, burguesitos não dão, apenas trocam em benefício da sua fazenda. Dizem mesmo que «não há almoços grátis» apesar de aspirarem sempre por eles. Mas que os há, há, só que não no seu mundo. Afinal encontramos actos simples de humanidade, que se praticam sem esperar troca e se aceitam sem ter que retribuir. Basta fazer bem ao outro. Foi um acto que compôs o dia, o mundo e o universo. Muitos mais são precisos.
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