!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> nese-nese: A Quinta

10.08.2004

A Quinta

Declaro que já vi e sei alguns nomes que não apenas os dos conhecidos Avelino Ferreira Torres, José Castelo Branco, Cinha Jardim e Ana Maria Lucas, como por exemplo o de Alexandre Frota. Sempre que uma oportunidade surgir verei o programa. Não me escudarei naquela espécie de escotomizacão parcial da realidade pela qual identificamos personagens mas afirmamos desconhecer o nome, para assim marcarmos uma distância que preserve o nosso elevado estatuto intelectual, moral e social. Não. Pretendo ver, e se necessário recorrerei a gravações. A Quinta é deliciosa, é delirante, porque não é a dos animais mas a da comédia humana. A Quinta é uma autêntica sugarland deste nosso Portugal que cada vez mais adoro e cada vez mais precisa de rir. Qual Black Adder, qual The Office, qual Britcom. Apenas o episódio Marcelo vs. Bons Constritores da Liberdade de Opinião Política ameaça rivalizar em interesse e em manancial para diversas análises. Eu quero A Quinta. Que delícia, tanto a vã tentativa de José Castelo Branco impor a racionalidade de um pensamento coerente e diário, como a reacção caótica mas libertária dos restantes em questioná-la. E que encanto supremo terminar a discussão com beijinhos reparadores das relações amachucadas! A alusão do empresário (ainda não sei o nome) ao "quid pro ku" havido entre si e José foi matizada por uma ambiguidade que será eterna. Falta de latim no liceu? Sugestão de segundo sentido bem metida num contexto muito permeável a explorações libidinosas, tanto em fala como em acto? Não sei. Apenas sei que sorrio e que tenho um desejo para o futuro: oxalá o amor brote entre Avelino e José. Sinto os dois cada vez mais próximos um do outro. Aliás, Avelino defendeu José na discussão com algumas das outras celebridades. Abomino falatórios da vida alheia, mas as horas na Quinta são demasiadas para que nada de surpreendente venha.